quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Felipe e os estudos.

Felipe não é estudioso. Isso é um fato e nada que eu tenha feito até hoje contribuiu para ele mudar. Lutamos diariamente contra isso, mas as batalhas são duras...
Eu quis que ele entrasse para a escola bem cedo, aos 2 anos e meio, por vários fatores. Ainda não sabia que ele não iria gostar nada de escola, mas foi preciso. Por ele ser de junho, teríamos dificuldade para matricular no ano letivo "adiantado" em 6 meses; e vimos crianças da turma do Miguel nessa mesma situação se beneficiarem por terem cursado maternal. 
Felipe sempre teve muita energia, e por ele acordar muito cedo desde bebê, ficava mais horas fazendo besteiras em casa; então precisei dividir o dia dele com outras pessoas - isso ficou bem claro na minha cabeça numa manhã em que ele estava engatinhando na mesa de jantar enquanto eu tomava meu café no sofá.
Neste ano não havia turmas de maternal na escola que Miguel estudava, portanto ele foi para outra escolinha. 
Inacreditável foi ele ter repetido o maternal!!! Mas foi pela idade, sempre a idade. Disseram que ele era imaturo para cursar o jardim 1. Ainda não sei qual o grau de maturidade é preciso para fazer o jardim 1. O que ele poderia não ter conseguido fazer? Qual a matéria que ele teve dificuldade? Massinha 1??. Resolvemos isso trocando ele de escolinha, e ficou a lenda de que Felipe fez dependência do maternal. 
Durante algum tempo ele gostou de estudar em outra escola, mas ao ser alfabetizado ele passou a achar a escola do Miguel muito melhor que a sua, pois mandava menor quantidade de dever de casa.
Finalmente depois de alguns anos de indecisão sobre ele ir ou não estudar na mesma escola que Miguel (primeiro pensamos em trocar Miguel, por ter vários problemas onde estava; e depois a escola não aceitava matricular Felipe na série que ele estava, queriam atrasá-lo por causa da idade), conseguimos matriculá-lo. Ele teve que fazer uma espécie de "vestibulinho" de português e matemática para provar que era alfabetizado (na mesma época que o ilustre deputado Tiririca), e conseguiu entrar para o 2o ano.
Primeiro dia de aula. Tensão. Tudo novo.  Expectativa. Ao buscá-lo eu logo pergunto como foi, o que ele achou, se gostou e ele prontamente responde: 
- Foi bom, mãe. Adorei a escola.
Ah, que alívio ouvir isso. Mas ele emenda com uma pergunta:
- Que dia acabam as aulas?
Sim, ele continua o mesmo.
Hoje ele me perguntou se quando ele tiver 17 anos ele já "souber de tudo" ele poderá abandonar a escola. Quando ele descobrir que nem aos 100 anos a gente sabe "de tudo" da vida vai surtar.
Vou terminando porque ele está me enrolando com o dever de casa. Batalha diária em andamento.

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