terça-feira, 8 de novembro de 2011

Futuro profissional - Miguel

Miguel com seu amor ao futebol, busca todas as informações possíveis sobre o tema. Ele sabe detalhes sobre times, pontuação, escalação, resultados no atual campeonato e nos passados, copas, enfim, muita coisa.
E ama fazer estatísticas sobre os resultados. O que nos deixa apreensivos com a semelhança com Galvão Bueno, mas acredito que não seja chato como ele (ninguém é).
Um dia ele estava contando pra mim e pro pai vários detalhes do brasileirão, e falamos que ele teria grande chance de ser um ótimo jornalista esportivo, por se ater a detalhes e ter memória excelente. Na mesma hora ele nos corrigiu:
- Não! Esqueceram que vou ser atacante artilheiro do Flamengo?
Ah, tá, desculpa aí...rsrsrs

Fim de férias - Felipe

Ainda no jardim de infância, fui avisar ao Felipe que era a última semana de férias e iam recomeçar as aulas. Ele reclamou e disse que não queria voltar.
Logo fui com minha filosofia explicar pra ele:
- Meu filho, não vai voltar a estudar? Criança que não estuda fica burrinha, você quer ser burrinho?
- Mãe, eu não preciso voltar, eu já sou todo sabido.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Meu dever de casa.

Chegamos hoje da escola falando sobre a nova tática da professora de Felipe, escrever os nomes dos alunos e lançar notas pelo comportamento e participação no quadro, para toda a turma ver. Ele me diz com orgulho que hoje (!) ficou com nota 10, enquanto vários outros ficaram com 6 e 8.
Em casa eu estava quebrando a cabeça com uma guia de imposto, porque não batia com o que havia lançado na planilha. Estranhei, já que eu conferi há 15 dias quando recebi a guia e estava certo, mas depois de algum tempo lembrei de todos os lançamentos que eu não fiz por falta do extrato bancário. 
Acabei de conferir novamente a conta do imposto e encontro o valor correto. Falo alto: "perfect". Felipe pergunta e responde em seguida: "o que é perfect? Ah, perfeito, né?! Por que você falou isso?"
Explico que acertei minha conta e ele fala: "Ah, parabéns! Nota 10 no seu quadrinho de dever de casa!"

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Felipe brigou na escola sexta-feira passada. Foi para a coordenação com o outro brigão.
Fiquei preocupada, e comecei o interrogatório:
- Felipe, você começou a briga?
- Não.
- Você bateu primeiro?
- Não, ele me bateu primeiro e eu reagi. Mas eu continuei reagindo.
E pra segurar o riso depois dessa?

domingo, 28 de agosto de 2011

Perguntinha pra finalizar o dia.

Meninos deitados para dormir, Felipe pergunta:
- Mãe, como se fala?
- Quê?
- Como que a gente abre a boca e a fala sai?
...
Miguel resolve me ajudar:
- É culpa da língua.
Mas daí emenda:
- Como a língua faz pra falar?
Cadê o pai nessa hora? Posso pedir uma ajuda?  Enquanto eu penso na resposta Felipe se inquieta com a demora:
- Anda mãe, responde!
Com sinceridade eu admito que enrolei mais que elucidei. Amanhã estudo e respondo.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Envelhecendo - definição de Felipe

Chegando da escola com as mochilas, as chaves, e tudo mais nas mãos, minhas chaves caíram no chão.
Peço ao Felipe para me ajudar e pegá-las, e ele prontamente atende. Mas antes define perfeitamente o envelhecimento e o nosso conhecido afastamento dos pés:
O chão está ficando mais fundo e você mais velha, né?!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A regra é clara.

Nossa casa tem uma regra clara (Felipe sempre tenta burlar, mas Miguel segue sem precisarmos cobrar):
Só podem jogar video game depois de fazer os deveres de casa.
Durante estudo para a prova de inglês Miguel se aborreceu e reclamou firmemente de alguma coisa, e depois murmurou um xingamento. Pronto: castigo, sem TV por dois dias - um pela reclamação e outro pelo xingamento.
Ele veio cheio de si perguntando se era "só TV", na hora não entendi muito bem, mas quando ele acabou de estudar alegou que poderia jogar video game, uma vez que ele "só" não podia assistir TV. Breve confabulação entre mim e o pai, e o pedido foi negado.
Ele surtou.
Ficou por muitos e muitos minutos argumentando, até que soltou a pérola:
- Então vou ter que ficar por dois dias como uma criança normal? Sem ansiedade para terminar o dever de casa e poder jogar?
Algo me diz que temos que rever essa regra e o conceito do dever de casa...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Felipe e os estudos.

Felipe não é estudioso. Isso é um fato e nada que eu tenha feito até hoje contribuiu para ele mudar. Lutamos diariamente contra isso, mas as batalhas são duras...
Eu quis que ele entrasse para a escola bem cedo, aos 2 anos e meio, por vários fatores. Ainda não sabia que ele não iria gostar nada de escola, mas foi preciso. Por ele ser de junho, teríamos dificuldade para matricular no ano letivo "adiantado" em 6 meses; e vimos crianças da turma do Miguel nessa mesma situação se beneficiarem por terem cursado maternal. 
Felipe sempre teve muita energia, e por ele acordar muito cedo desde bebê, ficava mais horas fazendo besteiras em casa; então precisei dividir o dia dele com outras pessoas - isso ficou bem claro na minha cabeça numa manhã em que ele estava engatinhando na mesa de jantar enquanto eu tomava meu café no sofá.
Neste ano não havia turmas de maternal na escola que Miguel estudava, portanto ele foi para outra escolinha. 
Inacreditável foi ele ter repetido o maternal!!! Mas foi pela idade, sempre a idade. Disseram que ele era imaturo para cursar o jardim 1. Ainda não sei qual o grau de maturidade é preciso para fazer o jardim 1. O que ele poderia não ter conseguido fazer? Qual a matéria que ele teve dificuldade? Massinha 1??. Resolvemos isso trocando ele de escolinha, e ficou a lenda de que Felipe fez dependência do maternal. 
Durante algum tempo ele gostou de estudar em outra escola, mas ao ser alfabetizado ele passou a achar a escola do Miguel muito melhor que a sua, pois mandava menor quantidade de dever de casa.
Finalmente depois de alguns anos de indecisão sobre ele ir ou não estudar na mesma escola que Miguel (primeiro pensamos em trocar Miguel, por ter vários problemas onde estava; e depois a escola não aceitava matricular Felipe na série que ele estava, queriam atrasá-lo por causa da idade), conseguimos matriculá-lo. Ele teve que fazer uma espécie de "vestibulinho" de português e matemática para provar que era alfabetizado (na mesma época que o ilustre deputado Tiririca), e conseguiu entrar para o 2o ano.
Primeiro dia de aula. Tensão. Tudo novo.  Expectativa. Ao buscá-lo eu logo pergunto como foi, o que ele achou, se gostou e ele prontamente responde: 
- Foi bom, mãe. Adorei a escola.
Ah, que alívio ouvir isso. Mas ele emenda com uma pergunta:
- Que dia acabam as aulas?
Sim, ele continua o mesmo.
Hoje ele me perguntou se quando ele tiver 17 anos ele já "souber de tudo" ele poderá abandonar a escola. Quando ele descobrir que nem aos 100 anos a gente sabe "de tudo" da vida vai surtar.
Vou terminando porque ele está me enrolando com o dever de casa. Batalha diária em andamento.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Meu sapatinho vermelho - 2008

Miguel cismou que tinha que me dar de presente de dia das Mães sapatos vermelhos.
Como sou muito básica e discreta, tentei trocar para sapatos pretos, mas ele insistia que eu ia ficar linda de sapatos vermelhos (a essa altura seriam vermelhos e mágicos).
Fomos ao shopping e ele escolhu uma sandália vermelhona. Mais uma última tentativa de comprar as sandálias pretas, mas não tinha jeito. Ele pede ao vendedor:

- Senhor, por favor, eu gostaria de comprar este sapato vermelho para minha mãe, porque hoje é dia das mães e eu quero dar um sapato vermelho para ela.
Quem conhece o Miguel já sabe do jeitinho dele falar e conseguiu visualizar a cena.
Antes que o vendedor saísse ele chamou novamente:

- Ah, senhor, é preciso que seja um par.
Risos soltos pela loja.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dever de casa

A hora do dever de casa é sempre muito produtiva, nem sempre a favor do estudo.
Miguel já passou por uma fase difícil, em que não queria fazer os deveres de casa, mas isso é passado remoto.
Felipe não me parece que algum dia vá gostar de estudar e/ou fazer dever de casa. Não à toa ele comparou a escola em que estudou com a escola em que Miguel estudava (a atual de ambos) pela quantidade de deveres, a dele era sempre pior, pois sempre havia mais deveres.
Um belo dia na hora de fazer o dever, ele pega os óculos do cinema 3D (não me perguntem como veio parar na minha casa) e diz que eram os "óculos do saber". Vejam a foto. Por que ele fez essa careta com os dentes, eu não sei. Mas foi difícil tirar os óculos para ele continuar a fazer o dever. Disse que estava bem mais sabido com eles.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Começando.

Finalmente, atendendo a pedidos - foram poucos mas foram bons, começo o blog com as tiradas dos meninos. 
Sempre que comento via redes sociais as frases de efeito dos meus filhos, gero um movimento imenso. Vários comentários a respeito, sempre.
Pensando nisso, resolvi escrever as tiradas num local pensado só para isso.
Vou resgatar várias coisinhas que eles já disseram nesses anos poucos de vida.
Espero contar com os cmentários de sempre, e com as tiradas de todas as crianças de nossas vidas. Eles vão gostar de um dia poder descobrir como eles "causaram" em tão tenra idade.